A minha história
Olá, meu nome é Sérgio Rodrigues e sou o criador do site Circo MRV.
Durante o pouco tempo em que o site esteve no ar, várias pessoas me perguntaram qual era a minha história. Bom, minha história com a MRV, essa grande construtora de renome nacional, e internacional, começou em setembro de 2009. Quando adquiri meu primeiro imóvel. Um apartamento no Residencial Edimburgo, no bairro Castelo em Belo Horizonte - MG.
Quando fui ao plantão de vendas da MRV fui tratado como um rei pelo vendedor que me atendeu. Me disse que a empresa me ofereceria todo o suporte que precisasse, que atraso na entrega era praticamente impossível para aquele empreendimento, e que estava fazendo o melhor investimento da minha vida. Prazo de entrega estipulado pela empresa: Agosto de 2011 (firmado em contrato).
Assinado o contrato com a MRV, fiquei aguardando a esperada assinatura com a Caixa Econômica, também prometida na venda, que se daria no MÁXIMO até deDezembro de 2009.
Não tendo assinado o contrato na data prometida, entrei em contato com a empresa, pois conforme dito no contrato, a construtora se preserva em poder entregar a obra em até 18 meses após a assinatura do comprador com a Caixa. Assim, quanto mais rápido se desse minha assinatura, mais certeza eu teria que se cumpriria o prazo dito em contrato.
Estamos em Abril de 2012, e ainda sim aguardo meu apartamento. Que parece estar longe de ser finalizado, e a empresa NUNCA entrou em contato ao menos para me dizer qualquer coisa a respeito do atraso. Minha assinatura com a Caixa se deu somente em Julho de 2011 (quase 2 anos após a compra), mesmo eu entrando em contato com a empresa por diversas vezes, inclusive fazendo reclamações pelo site Reclame aqui (confira) nada foi resolvido.
Planos foram jogados fora, casamento foi desmarcado, pois não temos como planejar nada sem sabermos ao menos onde iremos morar, e assim continuamos até hoje, já que nenhuma posição me foi dada pela empresa.
Como se não bastasse, começaram a me cobrar uma taxa chamada Taxa de evolução de obra, que deve ser paga para o banco SIMPLISMENTE por que a construtora não cumpriu com o prazo de entrega prometido. E EU que tenho que arcar com isso?
Diante de tudo isso, e sem ter nenhuma resposta ou posição positiva da construtora, resolvi criar o CircoMRV, que era um blog, que contava a história de várias outras pessoas que, assim como eu, sentiam-se enganadas e revoltadas com a situação.
Desde que criei o site, e perfis nas redes sociais, várias pessoas entraram em contato contando suas histórias, e a cada dia mais pessoas se comoviam com nossa situação, compartilhando nossas publicações. Assim, a empresa parece ter tomado conhecimento da nossa ferramenta e resolveu, de uma forma covarde, tentar nos calar: ME AMEAÇANDO.
Sim, me enviaram um documento, me ameaçando de diversas formas para que tirasse o site e todas publicações nas redes sociais que envolvessem a MRV, dizendo que eu estava manchando a reputação da empresa e utilizando sua marca de uma forma errada.
Ora, como posso, eu sozinho, manchar a imagem e reputação da empresa? Será que se só eu estivesse passando por um problema com a empresa, o site teria tanta repercussão em tão pouco tempo?
Acho que se a empresa se preocupa tanto com a sua imagem, deveria tratar com respeito e responsabilidade o seu maior patrimônio, que são seus consumidores. Aqueles que acreditaram no sonho da casa própria oferecido pela MRV. Aqueles que depositaram sua confiança e suas economias em um projeto de vida que foi, frustradamente, interrompido por essa empresa.
Enfim, cumprindo a Notificação Extrajudicial que me foi enviada (que pode ser lida abaixo) estou retirando o meu conteúdo do ar.
Fica o sentimento de tristeza em não poder divulgar mais, para outras pessoas, as atrocidades contadas nas histórias de outras pessoas, que assim como eu, tiveram os seus sonhos interrompidos.
Vale lembrar, que não estou pedindo nada de graça para a construtora. Só aquilo que paguei, e ainda vou pagar por muito tempo: Minha casa!
Boa sorte a todos os consumidores, que assim como eu, pagaram e não levaram. Mas cuidado ao correrem atrás dos seus direitos, pois podem ser ameaçados de serem processados!
Sérgio Ferreira Rodrigues
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