quarta-feira, 18 de abril de 2012

Empreendimento da MRV em Taguatinga tem alvará cassado por irregularidade

As obras do empreendimento residencial Top Life, na QI 24 de Taguatinga Norte, deverão ser paralisadas em breve, o que deixa os futuros moradores preocupados. O alvará de construção que permitia a continuidade das obras de seis torres, com 20 andares cada uma, foi anulado. De acordo com a Administração Regional de Taguatinga, o Relatório de Impacto de Trânsito (RIT) não foi finalizado, como determina um termo de compromisso entre o órgão e a construtora. Esse relatório é essencial para garantir o tráfego de veículos e estacionamento adequados para cerca de cinco mil moradores previstos para o empreendimento na conclusão das obras.

A anulação foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF), de segunda-feira. De acordo com o texto, o processo de licenciamento foi iniciado em 2010, já com a obrigatoriedade de apresentar o RIT, emitido pelo Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF). A construtora responsável, a MRV Engenharia, teria entrado com o processo no órgão, no entanto, ele nunca foi finalizado.

Segundo o administrador de Taguatinga, Carlos Jales, a administração entende a burocracia e a morosidade de certos procedimentos no serviço público e, por isso, permite que o alvará de construção seja emitido antes de finalizado o Relatório de Impacto de Tráfego e Sistema Viário. Porém, para que isso seja feito, é necessário que a construtora assine junto à administração um termo de compromisso.

Nele, a empreiteira assume a responsabilidade de, num prazo de 90 dias, juntar o RIT aos autos do processo de licenciamento para a obra. “A gente pediu a anulação porque verificamos que eles não deram andamento no processo do RIT dentro do Detran. E ali tem um grande impacto já no período da construção. Queremos prevenir o que poderá acontecer no futuro”, esclarece o administrador. Ele reforça que a administração não é contrária aos empreendimentos na cidade, tanto que seria a única administração a conceder esse prazo para que a construção se inicie e, então, a situação seja regularizada junto ao Detran.

Problemas


O prazo concedido permite que a obra tenha continuidade enquanto são feitos os estudos também nos órgãos ambientais, por exemplo. São esses estudos que mostram que tipo de impacto o empreendimento terá para o meio ambiente, para a vizinhança e, no caso, para o tráfego de veículos no local. Esse último foi denunciado pelos próprios moradores vizinhos que começaram a ter dificuldades com o intenso trânsito de caminhões na região, necessários para abastecer o empreendimento.


“O empreendimento vai gerar recursos, emprego e benefícios. Mas precisamos nos preocupar com uma coisa: o que isso vai significar para o impacto de trânsito? Onde irão os carros das 1.750 unidades? Se tiver que fazer alguma adaptação, a construtora já vai fazer. Não tem que jogar a culpa no Estado, não é o Estado que precisa resolver esse problema”, argumenta o administrador. A região em questão era de destinação industrial e teve o seu uso mudado para residencial no último Plano Diretor de Ordenamento Territorial do DF (PDOT), aprovado em 2009.

No total, o Top Life Taguatinga abriga 12 torres de 20 andares, seis no residencial Long Beach e outras seis no Miami Beach. A construção atinge os lotes de 1 a 27, porém, foi anulado somente o alvará dos lotes de 1 a 13. A administração ainda está analisando o processo e não pôde informar o que seria feito a respeito dos outros lotes.

Leia mais na edição desta quinta (12) do Jornal de Brasília.

 


Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

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